segunda-feira, 16 de março de 2015

Crianças e elásticos

“Filho meu, guarda o mandamento de teu pai
e não deixes a instrução de tua mãe;
Ata-os perpetuamente ao teu coração,
pendura-os ao teu pescoço.
Quando caminhares, isso te guiará;
quando te deitares, te guardará;
quando acordares, falará contigo.
Porque o mandamento é lâmpada,
e a instrução, luz;
e as repreensões da disciplina
são o caminho da vida.” Pv 6.20-23

Sempre quis ter filhos inteligentes. Muito inteligentes. E também lindos, educados, não tão estabanados como a mãe, enfim, perfeitos em tudo, ou pelo menos quase tudo. Quando a Mel nasceu, percebi que corria sério risco de esperar demais dela, de colocar sobre ela todas as minhas expectativas, e isso, certamente, geraria frustração. Nossos filhos não são exatamente como queremos que sejam. E não são, definitivamente, um instrumento para realizar tudo aquilo que queríamos para nós mesmos e não conseguimos.
É fácil compreendermos isso, mas não tão fácil não permitir que as nossas frustrações decorrentes das próprias limitações se derramem sobre nossos filhos. Eu queria que eles fossem perfeitos, mas não são. São humanos, assim como eu. São também pessoas diferentes de mim. Podem ser hábeis naquilo que eu não sou, ou podem carregar fraquezas semelhantes às minhas.
Reflito, então, acerca do dever dos pais nessa missão de aperfeiçoar os filhos, sem querer fazer com que sejam o que não são. A educação é, sem dúvida, fator de transformação. Nossas crianças são pedras que precisam ser lapidadas. Mas até que ponto?
Imagino, então, um elástico. Se pego um elástico em minhas mãos, sei que posso esticá-lo. Sei também que há um limite para isso. Se eu puxar mais do que ele suporta, arrebentará.
Para mim, crianças são elásticos. Não apenas um, mas um conjunto deles. É como se para cada habilidade diferente a criança tivesse uma capacidade inata. Um elástico. Há elásticos de todos os tamanhos, e todos eles podem ser esticados até um determinado limite.
Entendo, então, que cada criança possui capacidades específicas que podem ser desenvolvidas ou não. E aí entra o dever de instrução dos pais. Meu filho pode ter uma grande habilidade (ou um grande elástico) musical. Mas pode ser que eu nunca explore essa habilidade. Pode ser que tenha um pequeno elástico para linguagens, mas que eu o estique tanto que se torne maior que o de alguém que possuía um bom elástico, o qual nunca foi esticado.
E assim educamos nossos filhos, descobrindo suas habilidades e propiciando o desenvolvimento daquilo que julgamos mais importante. E sempre sabendo que eles podem não ter um bom elástico para aquilo que mais queríamos, o que não nos dá o direito de nos frustrar. Eles são únicos. Perfeitos, sim. Pois são exatamente como Deus os planejou.


domingo, 15 de março de 2015

Eu que falo demais

“O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína.” Pv 13.3

                Se tem algo que eu tenho feito ultimamente é tentar pegar no ar as palavras já ditas. Já fui calada demais e hoje estou na fase do “pronto, falei”. Principalmente quando não era para ter falado. E quanto arrependimento vem depois. Tenho lido incansavelmente Provérbios e o livro de Tiago, e é como se Deus repetisse para mim: cala a boca, criatura! Mas eu sou uma filha desobediente e não me calo. Não consigo calar! É mais forte do que eu. Quando vi, já falei. E vamos de novo correr atrás da flecha lançada.
                Eu xingo, murmuro, me queixo, falo mal dos outros. Falo mal até mesmo das autoridades do meu povo (At. 23.5), as de longe e as de perto. Falo contra os que verdadeiramente amo. Causo dor e contendas. Meu Deus, o que tem acontecido comigo? Como pode um ser humano fazer tanta coisa errada mesmo sabendo o que é certo?
                E se falo tanto o que é mau, incapacito-me para dizer o que é bom (“acaso pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso?” Tg 3.11). E quanta frustação tenho experimentado.  Onde ficou quem eu era? Sabe aquela mulher rixosa de que Provérbios fala? Sou eu.  Que exemplo tenho dado aos meus filhos? Se eu assim continuar farei dos meus filhos duas crianças de boquinhas perversas, exatamente como a mãe.
                Se faço hoje este desabafo público é porque estou realmente arrependida e preciso me corrigir. Não vou mais falar. A partir de hoje me calo. Ou, pelo menos, tento me calar.


“Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e, sim, o que detesto.” Rm 7.15

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Acerca das eleições


“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” Rm 13.1

   Fiz o compromisso pessoal de não me posicionar politicamente no mundo virtual nessas eleições, mas, agora que já se foram os pleitos, informo que fui voto vencido. Meu candidato no primeiro turno não foi para o segundo turno. E meu candidato no segundo turno não venceu. Confesso que, humana que sou, enchi-me de raiva, e tive vontade de desejar a pior sorte para o meu país: “tomara que dê tudo errado agora, para aprenderem o que é bom e votarem certo da próxima vez”.
   Ocorre que há dois erros essenciais nesse pensamento. O primeiro é, por vingança, querer o mal do meu próprio povo. Não nos ensinou o Senhor que devemos orar pela nossa terra (Jr 29.7), visto que, na sua paz, nós teremos paz? E o que quero para mim e meus filhos senão a paz? Resta-me, agora, orar pelo governo, para que o Senhor oriente a cada governante em suas decisões, a fim de que melhore a qualidade da saúde, diminua a inflação, tenhamos uma educação digna e contemos com segurança pública. Não cabe a mim julgar que o governo eleito não pode ser bom, visto que a Bíblia assegura que o coração do rei é como ribeiros de água na mão do Senhor (Pv 21.1), e Deus o inclina conforme a sua vontade.
   O segundo erro, também grave, é achar que o resultado das eleições foi errado. Creio que, se dizemos isso, e se culpamos os nordestinos, os mineiros, ou seja lá quem for, estamos anulando por completo a soberania de Deus. O resultado não foi o que eu quis, mas não posso, nem por um segundo, pensar que não foi o que Deus quis. Há, porventura, alguma autoridade não instituída por Deus? Seriam os brasileiros capazes de driblar a vontade do Senhor na instituição de seus governantes? Em Romanos 13.2 lemos que quem se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus. Tenho que concluir, então, que quem escolheu a nossa presidente foi, antes de tudo, o Senhor. E por que ele quis assim? Não faço a menor ideia. Mas não cabe a mim questioná-lo. A mim, cabe orar pelo meu país, sempre; cabe, ainda, amar o meu povo e mostrar que o país irá bem quando Jesus for, verdadeiramente, o nosso Rei.

sábado, 11 de outubro de 2014

Criança sou eu

“Em verdade vos digo: quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira alguma entrará nele.” Lucas 18.17

   Quando vemos nossas crianças saindo de debaixo de nossas asas e se tornando tão elas mesmas, tão grandes, tão independentes... Dá uma dorzinha de pensar em vê-las partir um dia, mas alegria de ver que estamos cumprindo nosso papel de pais, e fazendo delas não um pedaço de nós, mas pessoinhas de verdade, e é assim que a vida deve ser. Ah, mas como queríamos tê-las sempre, sempre por perto. Como eu queria que esses pezinhos não crescessem, e que as marcas das mãozinhas fossem sempre as mesmas (mesmo quando deixadas nas paredes da casa). Queria eternizar a voz dos meus filhos em minha memória, e nunca esquecer o jeitinho com que falam mamãe e papai. Ah, eu queria... Queria tê-los sempre meus, sempre com essas bochechas macias a procurar meus beijinhos e com essas mãozinhas inquietas a procurar segurança em meus dedos. Mas eles vão crescer, e que seja em estatura e graça, sob a bênção do nosso maravilhoso Deus.
   Mas há um Pai cujos filhos não precisam, nem devem crescer. Há um Pai, que, para segurança de seus filhos, quer vê-los sempre dependentes, sempre debaixo de suas asas, sempre procurando sua presença. Mas esse Pai, o nosso Pai, muitas vezes vê seus filhos optarem por outros caminhos que não o seu. Por que somos tão bobos, meu Deus? É difícil entender que não existe lugar mais gostoso e seguro que o colo de Deus? Sou criança como meus filhos, não sei fazer nada, absolutamente nada, sem o meu Pai, mas tantas vezes insisto em fazer do meu jeito, para acabar voltando arrependida depois. Exatamente como a criança que se machuca por desobedecer e volta para pedir o beijinho que cura, sabendo que não lhe será negado, apesar da desobediência. Voltamos para o Pai, para receber o seu bálsamo que cura qualquer dor. E Ele não nos negará o amparo. Por que queremos tanto crescer, se importa mesmo é que diminuamos? Que deixemos de ser nós mesmos para que haja mais dele em nós?
   Sejamos crianças. Crianças como nossos filhos. Crianças que não querem crescer, mas sim permanecer, sempre, debaixo da mão protetora do Pai. Crianças que não têm vergonha de chorar, ou de começar de novo quando erram. Sejamos tão crianças e tão pequeninos que jamais cogitemos dar um sequer passo para fora da presença do Pai. É assim que Ele nos quer. É assim que devemos ser.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Mas o fruto do Espírito é: AMOR

Mas o fruto do Espírito é: AMOR, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. (Gálatas 5.22,23)

   Vocês já viram aquele filme em que uma pessoa recebe uma caixa com um botão e, se apertar, recebe um milhão de dólares? Só que, se apertar, a outra consequência é que alguém morre. Alguém que a pessoa não conhece. Interessante refletir sobre isso, porque nos faz encarar nossos valores. Eu, por exemplo, às vezes penso que diria: eu posso escolher quem morre? Por favor! Por favor! Tem certeza de que é só uma pessoa? Não podem ser umas oito? Olha aqui essa listinha.
   É. É isso mesmo que vocês pensaram. Eu sou uma má pessoa. O que me consola é que ninguém é bom, senão um só, que é Deus (Mc. 10.18). Mas o fato é que tenho dificuldade em amar ao próximo como a mim mesma. Não a todos os próximos, tem alguns que é bem fácil de amar. Já outros...
   A Bíblia nos ensina que não podemos dizer que amamos a Deus se não amamos as pessoas (I Jo 4.20). E agora? O que fazer? Será que não amo a Deus porque não consigo amar a todos incondicionalmente?
   Se o fruto do Espírito é AMOR, não significa que, se temos o Espírito Santo em nós o amor vai simplesmente brotar e transbordar, sem que seja necessário esforço? Pior que não. Tenho visto que, se queremos ser verdadeiros cristãos, a luta é constante. E, para mim, este tem sido o principal desafio: o amor. A minha sorte é que Deus me conhece. Ele prova todos os meus pensamentos e sabe que quero amar, mesmo quando eu não consigo. Ele esquadrinha meu coração e sabe da minha intenção de obedecer, ainda que, nem sempre, eu acerte.
   É mais ou menos como minha filha de três anos tentando obedecer a mim. Ela tem uma fraqueza por rabiscar paredes que é até engraçada. Ela sabe que não pode. Mas às vezes é mais forte do que ela. E aí mal ela começa a percorrer a pintura com o giz de cera, ela já percebe e começa: desculpa, mamãe, nunca mais vou fazer isso. Tudo bem. Eu desculpo, embora saiba que o nunca mais dela dura pouco. Mas ela só tem três anos e eu sei que ainda é difícil para ela controlar seus ímpetos. E assim somos nós para com Deus. Crianças que muitas vezes não se controlam. Ele sabe. Ele, sim, verdadeiramente ama, a ponto de nos perdoar pelas nossas limitações.

   E assim seguimos, tentando amar, esforçando-nos por dilatar nossos corações a ponto de fazer caber nele todos “os próximos”, os de perto e o de longe.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Politicamente incorreta

“Ora,o seu mandamento é este, que creiamos em o nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou.” I João 3.23

   Sou uma mãe politicamente incorreta. Meus filhos tomam refrigerante, chupam pirulito, assistem à bendita Galinha Pintadinha e brincam no celular e no tablet. E, sim, eles já comeram papinha de potinho. Além disso, converso com eles sem muitos filtros, e, um dia desses, fiquei sem entender porque uma outra mãe estava me olhando feio, só depois de um tempo caiu a ficha e percebi que era porque eu estava brincando de sacudir o Miguel e o chamando de moleque doido (aliás, ele adora essa brincadeira). Para piorar a situação, meus meninos geralmente estão sujos e esfolados, porque os deixo brincar livremente.
   Será que estou causando algum grande mal aos meus filhos? Creio que não. O fato é que tento concentrar a minha energia e os meus nãos naquilo que julgo mais importante: a formação do caráter. Sou extremamente rigorosa com meus filhos no que tange ao respeito com os outros, à obediência aos pais, a falar sempre a verdade. Eles não são perfeitos. Erram muito e eu os disciplino sempre que preciso. Bater no irmão é errar, sujar a roupa não. Não está escrito na Bíblia “não sujarás a roupa de barro” nem “não rabiscarás as próprias pernas com canetinha”. E a Melissa e o Miguel já foram para a escola rabiscados várias vezes.
   Amo meus filhos. E tento educá-los no amor e para o amor. O que Cristo quer de nós senão isso? Se chamo a Melissa de moleca maluca quando brinco com ela, ela sabe o quanto eu a amo, e tenho certeza de que não estou causando grandes danos à sua mente em formação. É no mesmo amor que a disciplino a cada vez que bate no colega ou dá uma grande birra simplesmente porque quer e quer e quer.
   O fato é que julgo preferível ater-me ao essencial. O que quero para os meus filhos? Que sejam ricos? Que sejam lindos e inteligentes? Que sejam perfeitos? Não. Quero apenas isto: que creiam e que amem. Para mim basta. E assim fica mais fácil seguir. Que venham os olhares tortos quando tomam coca-cola. (e ressalto que não o fazem todos os dias). Mas falta de amor mata mais que coca-cola. 

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A história da minhoca

“A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá.” Provérbios 30.15
“... aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.” Filipenses 4.11



Meu pai conta uma história cuja origem, reconheço, não sei. É a história de um pai que, um dia, ao ver sua filhinha chorar copiosamente foi saber-lhe os motivos.
_ Por que chora, minha filha?
_ Porque eu quero uma minhoca!!! Buá buá buá!!!
_ Mas uma minhoca? Para que você quer uma minhoca?
_ Eu quero! Eu quero! Eu quero!
E o pai, não resistindo ao pranto da filha, cavou a terra do jardim até encontrar uma minhoca gorducha, a qual entregou à menina.
_ Buá buá buá!!!
_ Por que ainda chora? Aí está sua minhoca!
_ Mas eu quero comer a minhoca!!! Buá buá buá!!!
_ Minha filha, não se comem minhocas!
_ Eu quero! Eu quero! Eu quero!
E o pai resignado limpou a pobre minhoca, colocou-a no prato e entregou à criança.
_ Buá buá buá!!!
_ Mas o que foi agora? Aí está a minhoca! Pode comer.
_ Mas eu quero é frita!!! Buá!!!
_ Eu não vou fritar uma minhoca! Isso é um absurdo!
_ Eu quero! Eu quero! Eu quero!
E foi o pai esquentar o óleo para fazer uma minhoca crocante.
_ Pronto. Aqui está sua minhoca.
_ Buá buá buá!!!
_ Por que ainda está chorando? Coma a minhoca frita!
_ Tem que partir no meio. E você tem que comer metade.
_ Nem pense que vou comer essa minhoca com você!
_ Eu quero! Eu quero! Eu quero!
E o pai, que muito amava sua filha, acabou por partir a minhoca ao meio e, fechando os olhos, rapidamente engoliu uma metade.
_ BUÁ BUÁ BUÁ BUÁ _ esguelou a menina _ você comeu a metade que eu queria! Agora não quero mais!!! Buá buá buá.

Essa história muito tem me feito refletir. Claro que, como pais que amam seus filhos, queremos atender-lhes as vontades sempre que possível. Mas será que isso é o melhor para eles? Ou qual é o limite para concedermos aquilo que querem? Há uns dias estávamos jantando e o Miguel, que tem 1 ano e 10 meses, pôs-se a chorar. Logo percebemos que ele queria era trocar sua colher com a do pai, que ele achou mais interessante. Ok. Prontamente o Daniel lhe entregou a colher: toma, meu filho, pode pegar a colher do papai, mas agora tome a sopa. Que comer que nada! Agora era o prato que não estava legal! Trocamos. Adiantou? Que nada! Ele logo chorou por que não estava com fome e não queria comer era de jeito nenhum. Comemos uma minhoca e meia e o menino continuou a chorar.

Não queremos ver os nossos filhos chorando. Primeiro porque não gostamos que sofram. Segundo porque é um porre chegar em casa do serviço morrendo de cansaço e na hora da janta ter que aguentar uma birra. Melhor entregar logo a colher (ou comer a minhoca). E eu tenho comido muitas minhocas. E, para falar a verdade, não conheço nenhum pai ou mãe que não as coma de vez em quando. E então, pensando na minhoca, me veio à mente aquele versículo de Provérbios tão estranho à primeira vista. A sanguessuga tem duas filhas: dá, dá. O não satisfazer-se é natural ao ser humano. O contentamento deve ser ensinado às crianças, não é inato. Não quero fazer de meus filhos sanguessugas que só sabem dizer dá, dá, sem nunca estarem satisfeitos. Mas o que fazer? Não dar a colher? Mas o que me custa dar a colher ao pobre do menino? Onde eu paro? Na hora de cavar o buraco, de fritar a minhoca, ou só na hora de comer? Para mim, o certo é nem cavar o buraco. “Meu filho”, nós deveríamos ter dito, “essa colher é a do papai, a sua é a outra. Cada um tem a sua colher.” Ele choraria por uns bons minutos, mas logo se cansaria e entenderia que tem que se contentar com o dele. Pronto. Simples? Que nada. Antes de pensar eu já comi a minhoca. Mas comendo minhocas não conseguiremos que nossos filhos aprendam, como o apóstolo Paulo aprendeu, a viver contentes em toda e qualquer situação. E certamente essa aprendizagem não é fácil. Não o foi para Paulo e não será para nós nem para nossos pequeninos. E assim vamos, pedindo a Deus sabedoria e tentando não comer muitas minhocas, mesmo que pareçam apetitosas.