“Ora,o seu mandamento é este, que creiamos em o nome de seu
Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos
ordenou.” I João 3.23
Sou uma mãe politicamente incorreta. Meus filhos tomam
refrigerante, chupam pirulito, assistem à bendita Galinha Pintadinha e brincam
no celular e no tablet. E, sim, eles já comeram papinha de potinho. Além disso,
converso com eles sem muitos filtros, e, um dia desses, fiquei sem entender
porque uma outra mãe estava me olhando feio, só depois de um tempo caiu a ficha
e percebi que era porque eu estava brincando de sacudir o Miguel e o chamando
de moleque doido (aliás, ele adora essa brincadeira). Para piorar a situação,
meus meninos geralmente estão sujos e esfolados, porque os deixo brincar
livremente.
Será que estou causando algum grande mal aos meus filhos?
Creio que não. O fato é que tento concentrar a minha energia e os meus nãos
naquilo que julgo mais importante: a formação do caráter. Sou extremamente
rigorosa com meus filhos no que tange ao respeito com os outros, à obediência
aos pais, a falar sempre a verdade. Eles não são perfeitos. Erram muito e eu os
disciplino sempre que preciso. Bater no irmão é errar, sujar a roupa não. Não
está escrito na Bíblia “não sujarás a roupa de barro” nem “não rabiscarás as
próprias pernas com canetinha”. E a Melissa e o Miguel já foram para a escola
rabiscados várias vezes.
Amo meus filhos. E tento educá-los no amor e para o amor. O
que Cristo quer de nós senão isso? Se chamo a Melissa de moleca maluca quando
brinco com ela, ela sabe o quanto eu a amo, e tenho certeza de que não estou
causando grandes danos à sua mente em formação. É no mesmo amor que a
disciplino a cada vez que bate no colega ou dá uma grande birra simplesmente
porque quer e quer e quer.
O fato é que julgo preferível ater-me ao essencial. O que
quero para os meus filhos? Que sejam ricos? Que sejam lindos e inteligentes? Que
sejam perfeitos? Não. Quero apenas isto: que creiam e que amem. Para mim basta.
E assim fica mais fácil seguir. Que venham os olhares tortos quando tomam
coca-cola. (e ressalto que não o fazem todos os dias). Mas falta de amor mata
mais que coca-cola.
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