terça-feira, 30 de setembro de 2014

Politicamente incorreta

“Ora,o seu mandamento é este, que creiamos em o nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou.” I João 3.23

   Sou uma mãe politicamente incorreta. Meus filhos tomam refrigerante, chupam pirulito, assistem à bendita Galinha Pintadinha e brincam no celular e no tablet. E, sim, eles já comeram papinha de potinho. Além disso, converso com eles sem muitos filtros, e, um dia desses, fiquei sem entender porque uma outra mãe estava me olhando feio, só depois de um tempo caiu a ficha e percebi que era porque eu estava brincando de sacudir o Miguel e o chamando de moleque doido (aliás, ele adora essa brincadeira). Para piorar a situação, meus meninos geralmente estão sujos e esfolados, porque os deixo brincar livremente.
   Será que estou causando algum grande mal aos meus filhos? Creio que não. O fato é que tento concentrar a minha energia e os meus nãos naquilo que julgo mais importante: a formação do caráter. Sou extremamente rigorosa com meus filhos no que tange ao respeito com os outros, à obediência aos pais, a falar sempre a verdade. Eles não são perfeitos. Erram muito e eu os disciplino sempre que preciso. Bater no irmão é errar, sujar a roupa não. Não está escrito na Bíblia “não sujarás a roupa de barro” nem “não rabiscarás as próprias pernas com canetinha”. E a Melissa e o Miguel já foram para a escola rabiscados várias vezes.
   Amo meus filhos. E tento educá-los no amor e para o amor. O que Cristo quer de nós senão isso? Se chamo a Melissa de moleca maluca quando brinco com ela, ela sabe o quanto eu a amo, e tenho certeza de que não estou causando grandes danos à sua mente em formação. É no mesmo amor que a disciplino a cada vez que bate no colega ou dá uma grande birra simplesmente porque quer e quer e quer.
   O fato é que julgo preferível ater-me ao essencial. O que quero para os meus filhos? Que sejam ricos? Que sejam lindos e inteligentes? Que sejam perfeitos? Não. Quero apenas isto: que creiam e que amem. Para mim basta. E assim fica mais fácil seguir. Que venham os olhares tortos quando tomam coca-cola. (e ressalto que não o fazem todos os dias). Mas falta de amor mata mais que coca-cola. 

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