Mas o fruto do Espírito é: AMOR, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. (Gálatas 5.22,23)
Vocês já viram aquele filme em que uma pessoa recebe uma
caixa com um botão e, se apertar, recebe um milhão de dólares? Só que, se
apertar, a outra consequência é que alguém morre. Alguém que a pessoa não
conhece. Interessante refletir sobre isso, porque nos faz encarar nossos
valores. Eu, por exemplo, às vezes penso que diria: eu posso escolher quem
morre? Por favor! Por favor! Tem certeza de que é só uma pessoa? Não podem ser
umas oito? Olha aqui essa listinha.
É. É isso mesmo que vocês pensaram. Eu sou uma má pessoa. O
que me consola é que ninguém é bom, senão um só, que é Deus (Mc. 10.18). Mas o
fato é que tenho dificuldade em amar ao próximo como a mim mesma. Não a todos
os próximos, tem alguns que é bem fácil de amar. Já outros...
A Bíblia nos ensina que não podemos dizer que amamos a
Deus se não amamos as pessoas (I Jo 4.20). E agora? O que fazer? Será que não
amo a Deus porque não consigo amar a todos incondicionalmente?
Se o fruto do Espírito é AMOR, não significa que, se temos o
Espírito Santo em nós o amor vai simplesmente brotar e transbordar, sem que
seja necessário esforço? Pior que não. Tenho visto que, se queremos ser
verdadeiros cristãos, a luta é constante. E, para mim, este tem sido o
principal desafio: o amor. A minha sorte é que Deus me conhece. Ele prova todos
os meus pensamentos e sabe que quero amar, mesmo quando eu não consigo. Ele
esquadrinha meu coração e sabe da minha intenção de obedecer, ainda que, nem
sempre, eu acerte.
É mais ou menos como minha filha de três anos tentando
obedecer a mim. Ela tem uma fraqueza por rabiscar paredes que é até engraçada.
Ela sabe que não pode. Mas às vezes é mais forte do que ela. E aí mal ela
começa a percorrer a pintura com o giz de cera, ela já percebe e começa:
desculpa, mamãe, nunca mais vou fazer isso. Tudo bem. Eu desculpo, embora saiba
que o nunca mais dela dura pouco. Mas ela só tem três anos e eu sei que ainda é
difícil para ela controlar seus ímpetos. E assim somos nós para com Deus.
Crianças que muitas vezes não se controlam. Ele sabe. Ele, sim, verdadeiramente
ama, a ponto de nos perdoar pelas nossas limitações.
E assim seguimos, tentando amar, esforçando-nos por dilatar
nossos corações a ponto de fazer caber nele todos “os próximos”, os de perto e
o de longe.
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