“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque
não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram
por ele instituídas.” Rm 13.1
Fiz o compromisso pessoal de não me posicionar politicamente
no mundo virtual nessas eleições, mas, agora que já se foram os pleitos,
informo que fui voto vencido. Meu candidato no primeiro turno não foi para o
segundo turno. E meu candidato no segundo turno não venceu. Confesso que,
humana que sou, enchi-me de raiva, e tive vontade de desejar a pior sorte para
o meu país: “tomara que dê tudo errado agora, para aprenderem o que é bom e
votarem certo da próxima vez”.
Ocorre que há dois erros essenciais nesse pensamento. O
primeiro é, por vingança, querer o mal do meu próprio povo. Não nos ensinou o
Senhor que devemos orar pela nossa terra (Jr 29.7), visto que, na sua paz, nós
teremos paz? E o que quero para mim e meus filhos senão a paz? Resta-me, agora,
orar pelo governo, para que o Senhor oriente a cada governante em suas
decisões, a fim de que melhore a qualidade da saúde, diminua a inflação,
tenhamos uma educação digna e contemos com segurança pública. Não cabe a mim
julgar que o governo eleito não pode ser bom, visto que a Bíblia assegura que o
coração do rei é como ribeiros de água na mão do Senhor (Pv 21.1), e Deus o
inclina conforme a sua vontade.
O segundo erro, também grave, é achar que o resultado das
eleições foi errado. Creio que, se
dizemos isso, e se culpamos os nordestinos, os mineiros, ou seja lá quem for,
estamos anulando por completo a soberania de Deus. O resultado não foi o que eu
quis, mas não posso, nem por um segundo, pensar que não foi o que Deus quis. Há,
porventura, alguma autoridade não instituída por Deus? Seriam os brasileiros
capazes de driblar a vontade do Senhor na instituição de seus governantes? Em
Romanos 13.2 lemos que quem se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus. Tenho que concluir, então, que quem escolheu a
nossa presidente foi, antes de tudo, o Senhor. E por que ele quis assim? Não
faço a menor ideia. Mas não cabe a mim questioná-lo. A mim, cabe orar pelo meu
país, sempre; cabe, ainda, amar o meu povo e mostrar que o país irá bem quando Jesus
for, verdadeiramente, o nosso Rei.